Mostra Atlânticos inaugurada no Museu da Língua Portuguesa

Museu da Língua Portuguesa
Conteúdo
  1. Inauguração da mostra Atlânticos no Museu da Língua Portuguesa
  2. O que encontramos na mostra Atlânticos?
  3. Temas abordados na exposição
  4. Visitação e acesso à mostra
  5. Sobre os artistas participantes
  6. A importância do diálogo cultural na arte

A arte é uma poderosa forma de expressão que conecta culturas e histórias. A nova exposição Atlânticos, no Museu da Língua Portuguesa, surge como um espaço de diálogo entre artistas de países que compartilham a língua portuguesa, oferecendo uma reflexão profunda sobre identidade, cultura e meio ambiente.

Inauguração da mostra Atlânticos no Museu da Língua Portuguesa

Inaugurada na última sexta-feira, 12 de setembro, a mostra Atlânticos destaca a presença de seis artistas provenientes de Angola, Brasil e Portugal.

Esses países, banhados pelo Oceano Atlântico, têm a língua portuguesa como elo comum e se unem para explorar suas identidades culturais por meio da arte. Com entrada gratuita, a exposição estará disponível até o dia 2 de novembro.

A iniciativa é resultado de uma parceria com o Instituto Serrinha e traz uma coleção diversificada que inclui vídeos, esculturas e instalações inéditas.

Entre os artistas, estão os brasileiros Jonathas de Andrade e Shirley Paes Leme, os angolanos Gegé M’bakudi e Wyssolela Moreira, além dos portugueses Jorge das Neves e Inês Moura.

O que encontramos na mostra Atlânticos?

A mostra é uma rica tapeçaria de expressões artísticas que emerge de uma residência de dez dias realizada em 2024, no Festival Arte Serrinha. As obras foram inspiradas na língua portuguesa e na exposição anterior sobre as línguas africanas que influenciaram o português brasileiro.

Os artistas exploram temas que vão desde a natureza e suas interconexões até questões sociais relevantes. A Mata Atlântica, que circunda o Museu da Língua Portuguesa, serve como pano de fundo e inspiração para as obras, trazendo a natureza para o centro do diálogo artístico. Entre as obras apresentadas, podemos destacar:

  • Quando o Corpo – Terra Lembra: Série de bandeiras de Wyssolela Moreira que evocam um alfabeto visual semelhante a cartas de tarô.
  • Instalações interativas: Obras que convidam o público a refletir sobre a interdependência entre culturas e ecossistemas.
  • Vídeos e performances: Apresentações que desafiam narrativas tradicionais e abordam a desigualdade de gênero.

Temas abordados na exposição

Os temas centrais da mostra Atlânticos incluem identidade, memória e a intersecção entre arte e língua. Segundo Roberta Saraiva, diretora técnica do Museu, as obras não apenas exploram a diversidade cultural, mas também como a língua portuguesa pode tecer novas narrativas.

A exposição visa mostrar que a língua é uma ponte que conecta diferentes histórias e identidades. Os artistas utilizam a arte como um meio para expressar suas experiências e, ao mesmo tempo, dialogar com o público sobre questões contemporâneas. A proposta é criar um espaço aberto, onde as obras possam dialogar entre si e com os visitantes.

Visitação e acesso à mostra

Uma das características inovadoras da exposição é que ela ocupa o Pátio B do museu, um espaço que oferece acesso livre, sem necessidade de reserva ou retirada de ingresso. Isso democratiza a experiência artística e permite que mais pessoas tenham a oportunidade de interagir com as obras.

A visita ao Museu da Língua Portuguesa é uma oportunidade de mergulhar em um ambiente cultural riquíssimo. Os visitantes podem esperar uma experiência de cerca de uma a duas horas, dependendo do tempo que desejam dedicar a cada obra e às reflexões que estas suscitam.

Sobre os artistas participantes

Os artistas que compõem a mostra têm trajetórias distintas, mas todos compartilham um compromisso com o diálogo cultural e a reflexão crítica. Por exemplo, Wyssolela Moreira, que vive entre Luanda e Toronto, utiliza colagens, fotografia e videoarte para discutir temas de negritude e desigualdade de gênero. Sua obra, Quando o Corpo – Terra Lembra, busca provocar uma conexão íntima entre o ser humano e a terra.

Cada artista traz uma perspectiva única, enriquecendo a exposição com suas vivências e contextos sociais. Os trabalhos apresentados são uma oportunidade de refletir sobre como as experiências individuais se entrelaçam para formar uma narrativa coletiva, que é ao mesmo tempo pessoal e universal.

A importância do diálogo cultural na arte

A arte é uma poderosa ferramenta de comunicação e pode desempenhar um papel crucial na promoção do entendimento entre diferentes culturas. A exposição Atlânticos busca criar um espaço de reflexão e troca, onde a diversidade cultural é celebrada e as semelhanças são reconhecidas.

Fabio Delduque, idealizador do Festival e um dos curadores da mostra, descreve a exposição como uma ágora, um espaço de diálogo aberto que conecta diferentes culturas e formas de produção artística. Nesse sentido, a mostra torna-se não apenas uma exibição de arte, mas um convite à convivência e ao entendimento entre povos.

Os visitantes são encorajados a se envolver ativamente com as obras e refletir sobre suas próprias identidades e histórias, promovendo um diálogo contínuo que ultrapassa as fronteiras geográficas e culturais.

Thiago Barbosa

Entusiasta da arte e da cultura e de tudo o que São Paulo oferece.

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